No Kung-Fú estilo Dragão Shaolin Tradicional, os atletas iniciantes não possuem faixa (Sashes), utilizando apenas uniforme completo. Somente depois de um período mínimo de seis ou sete meses treinando, o aluno (atleta) poderá estar apto a participar de seu primeiro exame de faixa desde que tenha aprendido todas as rotinas exigidas para primeira faixa que é a Branca.
A ordem das faixas são as seguintes:
Faixas do Estilo Dragão Shaolin Tradicional
- Branca
- Amarela
- Laranja
- Vermelha
- Verde
- Roxa
- Marrom
- Preta
caso de uma criança fazer um exame para as seguintes faixas coloridas (laranja, vermelha, verde, roxa e marrom), sendo aprovadas no exame, ao invés de receber a faixa correspondente ao exame recebem uma graduação na faixa antiga (grau - risco vermelho sobre a faixa atual) que corresponde à graduação avaliada no exame. Exemplo:
Faixa Amarela 1ª graduação (a criança que fez exame para a laranja e não tem idade correspondente à faixa). Em alguns casos, pode-se acumular até três graus na faixa.
Foto Ilustrativa
HISTÓRIA DAS FAIXAS NO KUNG-FÚ
Poderíamos dizer que nas artes marciais japonesas e coreanas, a parte mais importante de seus uniformes é a Faixa. As cores das faixas determinam o estágio de conhecimento e técnica do praticante, tornando-se assim a parte mais crítica de seu uniforme. Não se deve procurar por faixas de classificação entre os praticantes de artes marciais chinesas. Qualquer um que as use em sua escola estará copiando um método dos japoneses. O estilo de classificação por faixas coloridas não existem e nunca existiram nas artes marciais chinesas. Essas faixas são estritamente uma marca registrada dos japoneses. Criada nos primeiros dias do Judô, quando o fundador do Judô, Jigoro Kano, estabeleceu uma classificação para os diferentes níveis de conhecimento e técnica. As artes marciais coreanas trazem a classificação por faixas tradicionalmente, como resultado de 35 anos de ocupação japonesa (1910 - 1945).
As artes marciais chinesas fazem uso dos Sashes (parecidos com as faixas mas muito largas e geralmente feitas de seda ou do mesmo tecido do Héfú - uniforme chinês) como parte do uniforme de treinamento. Entretanto, as origens foram muito diferentes das faixas utilizadas nas artes marciais japonesas.
Na China, antes das faixas orientais tornarem-se populares, os homens já usavam o sash, amarrada bem apertada em volta da cintura para segurar as calças. Sendo comumente usada pela classe dos trabalhadores, que se ocupavam normalmente de trabalhos manuais. Eles precisavam do Sash não apenas para segurar as calças, mas também como suporte lombar, devido ao esforço de trabalho aplicado nas costas, em virtude das condições de trabalho.
Naqueles dias, os homens preferiam cores que não sujassem muito, e que mantivessem a aparência masculina, preto, marrom ou azul escuro eram as cores mais comuns do Sashes dos homens chineses. As jovens senhoras e empregadas também precisavam de Sashes para amarrar suas largas calças de trabalho. As cores mais usadas para as mulheres, tendiam sempre para as cores brilhantes, mais femininas, tais como amarelo, verde, laranja e vermelho.
A cor que não era vista nos Sashes chineses era o branco. O branco é uma cor usada para os funerais e associada com a morte. Na antigüidade, os chineses amarravam os seus Sashes com um nó do lado esquerdo, deixando livre o caminho por onde passa a mão direita, a mão que trabalha; e as mulheres tradicionalmente, o amarravam do lado direito.
Agora que os Sashes encontraram seu caminho para dentro das artes marciais chinesas, todos os amarram do lado esquerdo, mas segundo a tradição cultural, os praticantes acadêmicos devem usá-lo amarrado do lado direito e os guerreiros do lado esquerdo, ou do lado que se mantêm presa a arma. Segundo a tradição, existia também uma simbologia quando um atleta de artes marciais amarrava um Sash: havia um sistema de classificação modificado, ilustrado pela posição do Sash. Os praticantes regulares amarravam seus Sashes do lado direito. Os instrutores o amarravam do lado esquerdo e o instrutor chefe ou o mestre da escola colocava o nó do Sash no centro, significando um equilíbrio entre o Yin e o Yang. Hoje os atletas das artes marciais chinesas usam os Sashes também como uma parte integrante do uniforme simbolizando o seu nível de conhecimento e treinamento, e essas faixas variam muito suas cores de um estilo para outro, isso acontece devida às suas origens e histórias de cada estilo de Kung Fu: entretanto, a cor do Sash não tem a significação de diferenciação das artes marciais japonesas.
